LINHAS PARA COMPREENDER A ETNOMATEMÁTICA COMO FERRAMENTA NECESSÁRIA PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA

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Palavras-chave:

Etnomatemática, artefactos, saberes matemáticos, ensino da Matemática

Resumo

Cuando Cubango apresenta vasta diversidade cultural que importa estudar no contexto da etnomatemática, quer para memória futura, quer para utilização em contexto de matemática escolar ou em sala de aula. O presente artigo visa descrever as linhas que podem levar a perceber a relevância da etnomatemática no ensino da matemática, como pode ajudar a identificar os artefactos que incorporam saberes matemáticos e relacioná-los com os conteúdos matemáticos escolares. O estudo mostra, ainda, que para além do potencial matemático presente em artefactos que tivemos oportunidade de recolher ou analisar, com a etnomatemática, podemos fazer muito mais, ou seja, descobrirmos muita matemática incorporada noutros artefactos. Para este trabalho, que se enquadra no estudo exploratório e descritivo, optamos por realizar uma abordagem qualitativa, apoiada à entrevista não estruturada, observação participante, registo fotográfico e notas de campo. A investigação foi desenvolvida no Município de Menongue, Cuando Cubango (Angola), onde tivemos ensejo de recolher dois artefactos (fole de forja e panela de madeira), em seguida, descrevemos os passos (ou as técnicas) que os artesãos terão utilizados para confecionar estes artefactos e, por fim, analisamos a possibilidade de existência de noções matemáticas por detrás destes artefactos, ou seja, ideias matemáticas presentes em confeção e/ou em ornamentação dos mesmos. Importa referir que estes artefactos podem servir como ponto de partida para tornar o ensino da matemática menos abstrato ou, ainda, promover a “proximidade” entre a matemática adquirida na comunidade e a matemática aprendida na escola.

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Publicado

2023-07-18

Como Citar

Mateus Selezi, S. P. . (2023). LINHAS PARA COMPREENDER A ETNOMATEMÁTICA COMO FERRAMENTA NECESSÁRIA PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA. RECIPEB: Revista Científico-Pedagógica Do Bié, 3(1), 5–21. Obtido de http://recipeb.espbie.ao/ojs/index.php/recipeb/article/view/164

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Secção

Artigos