A intervenção psicológica no ensino superior: estratégia de criação do gabinete de apoio psicopedagógico para os estudantes da Escola Superior Pedagógica do Bié

Autores

Palavras-chave:

Ensino Superior, Jovem Adulto, Rendimento académico, intervenção psicológica

Resumo

O presente artigo tem como objectivo propor a criação de um Gabinete de Apoio Psicopedagógico de intervenção psicológica para os estudantes da Escola Superior Pedagógica do Bié. O mesmo, ressalta contributos téoricos indispensáveis, partindo do princípio de que aborda uma temática pouco discutida no contexto educativo universitário angolano, discorrendo sobre a problemática da competitividade do cenário acadêmico face ao clima comprometedor das relações e interacções que se estabelecem entre docentes e discentes, com ênfase na intervenção psicológica, no sucesso académico do estudante e na qualidade do ensino universitário. O estudo realizado é do tipo descritivo com um desenho não experimental. O diagnóstico feito, apoiou-se nos métodos téoricos (análise-sintese, indução-dedução, histórico-lógico), e empíricos (Análise documental, observação, entrevista, inquérito, Questionário de Vivências Académicas), e os procedimentos matemático- estatísticos, (prova estatística não paramétrica de Chi-Quadrado de bondade de ajuste). Com base nos resultados obtidos do diagnóstico e a partir dos critérios de Bandura (1969), Welling (1997), Fernandes (2007) e Besínoto e Marinho, (2015), desenhou-se a proposta de criação do Gabinete de Apoio Psicopedagógico na Escola Superior Pedagógica do Bié. Na referida proposta consideram-se três níveis interdependentes: Nível de gestão institucional, gestão acadêmica e do desenvolvimento do estudante.

Referências

Arnet, J. J. (2004). Emerging adulthood. The widing road from the late teens through the twenties. Oxford: University Press.

Angola (2016). Lei de Base do Sistema da Educação, Lei nº 17/16 de 7 de outubro de 2016. Diário Oficial da República de Angola.. I Série n° 170: 3994- 4001. Luanda. Imprensa Nacional –EP.

Beck, U., Giddens, A., Lash, C. (1994). Reflexive Modernization: Politcs, Tradition, and Aesthetics in the Modern Social Order. California: Stanford University Press.

Bokolo, E. (1992). História e civilizações. Lisboa: Almedina.

Carvalho, P. (2011). Factores emocionais relacionadas com o desempenho escolar. Coimbra: SASUC edições.

Carvalho, S.F. (2003). Saúde e bem-estar na transição para o ensino superior: influência dos estilos de vida nos processos de adaptação académica. In J. Bonito (cord.). Educação para a Saúde no século XXI – Teorias, Modelos e Práticas (pp. 664-673). Centro de Investigação em Educação e Psicologia.

Castro, D. (2017). Terapia Focada nos esquemas. Questões acerca da sua validação empírica. Psicologia, XV(2), 309-324.

Chickering A. W. e Reisser L. (1999). Education and Identity. San Francisco: Josey-Bass Publishers.

Correia, A. R. Mesquita A. (2006). Novos Públicos no Ensino Superior: Desafios da sociedade do conhecimento. Lisboa. Edições Sílabo. Counselling,Vol. 34 (4).

Cruz, C. (1998). Ansiedade nos estudantes do ensino superior. Um estudo com estudantes do 4º ano do curso de licenciatura em enfermagem da Escola Superior de Saúde de Viseu. Centro de Estudos em Educação, Tecnologia e Saúde, 223-242.

Decreto nº 2/2009, de 29 de Abril. Diário da República nº 79/2009 - I Série. Aprova o estatuto orgânico da Secretária de Estado para o Ensino Superior. Luanda

Decreto nº 7/2009 de 12 de Maio. Diário da República nº 87/2009 - I Série. Estabelece a reorganização da rede de instituições de ensino superior públicas, a criação de novas instituições de ensino superior e redimensionamento da Universidade Agostinho Neto. Secretária de Estado para o Ensino Superior. Luanda.

Decreto n.º 310/20 de 7 de Dezembro. Diário da República n.º 196 /2020- I Série. Estabelece o Regime Jurídico para o subsistema de Ensino Superior definindo as regras para a criação, organização e funcionamento das Instituições de Ensino Superior e a determinação do papel do diferentes actores da comunidade académica. Luanda.

Elias, A. P. T. (2015). Bem-Estar no Ensino Superior- Processo de Ajustamento dos Estudantes Angolanos. Benguela.

Esbroeck, V R. e Watts, A.G. (1998). Novas habilidades para um modelo holístico de orientação profissional. Internet International Careers Journal (http://www.careers-journal.com)

Eurydice, N. (2010). Focus on higher educations in Europe 2010: the impact of the Bologna Process. European Commission.

Fernandes E. P., e Almeida L. S. (2005). Expectativas e vivências académicas: Impacto no rendimento académico dos alunos do primeiro ano. Coimbra: Almedina.

Ferreira, J. A. e Abreu, B. (2009). Para a compreensão do desenvolvimento psicossocial do aluno universitário. Revista portuguesa de Pedagogia.

FONAPRACE (2014). IV pesquisa do perfil socioeconômico e cultural dos estudantes de graduação das instituições federais de ensino superior brasileiras. Uberlândia.

Galli, A. (2005). Prevalencias de trastornos psicopatologicos en alumnos de Psicología. Revista de Psiquiatría y Salud Mental Hermilio Valdizan, 6 (1), 55-66.

Gil, G. (2002). Apoio Psicológico a jovens do ensino superior: Métodos, técnicas e experiências. Lisboa:Edições ASA.

Gomes, A. A (2015). Padrões de Sono em Estudantes Universitários Portugueses /Sleep-Wake Patterns In Portuguese Undergraduates. Acta Médica Portuguesa, 22, 545-552.

Gomes, A. A. (2018). Sleep and academic performance in undergraduates: a multi-measure, multi-predictor approach. Chronobiology International, 28 (9), 786-801 .

Grayson, A. (1993). Accounting for help-seeking: Why are sOlne students reluctant to approach lecturers for help? Nottingham Trent University (doctoral dissertation).

Heyno, A. E. (1999). Cycles in the mind: Clinical techine and educational cycle. London. Routledge.

Kandingi, V. (2016). Liberdades académicas e instituição universitária em África. conferência inaugural proferida no Fórum sobre a Universidade Agostinho Neto e o Ensino Superior em Angola. Luanda

Keniston, K. (1971). Youth and dissent. New York: Harcourt, Brace e Jovanovich.

Ketele, J. M. e Roegiers, X. (1993). Metodologia de Recolha de Dados. Lisboa: Epistemologia e Sociedade.

Lourenço, O. M. (1994). Além de Piaget: Sim, mas devagar! Coimbra: Almedina.

Medeiro, M. T. (2007). O desenvolvimento cognitivo do aluno universitário do ensino superior. Coimbra: Almedina.

Meyns, B. (1984). Motivações e desempenho dos estudantes universitários. São Paulo: Armazén de Idéias.

Ministério da Educação de Angola (2016), Lei de bases dos sistemas educativos de Angola, Lei 17/16 de 07 de Outubro.

Pascarella E. T. (2009). College environmental influeces on learning and cognitive development: A review and synthesis. New York: Agathon.

Pereira, A. S. ( 2008). Contribuições para o estudo do insucesso e sucesso na Universidade de Coimbra. Coimbra: Universidade de Coimbra.

Pereira, A. S., e Motta, E. (2006). Sucesso e desenvolvimento psicológico no Ensino Superior: Estratégias de intervenção. Revista portuguesa de Análise Psicológica 1 (24), 51-59.

Pinheiro, M. R. (2003). Uma época especial: Suporte social e vivências académicas na transição e adaptação ao ensino superior. Tese de doutoramento. Coimbra: Faculdade de psicologia e de Ciências da Educação.

Rangel, B. (1994). As competências transversais em questão. São Paulo: Artmed Editora.

RESAPES. (2002). A situação dos Serviços de aconselhamento Psicológico no Ensino Superior em Portugal.

Rott, B. (2018). Aconselhamento Psicológico no Ensino Superior. Coimbra: Almedina.

Sama, M., e Martino, M. (2004). Aspectos cronobiológicos do ciclo vigília-sono e níveis de ansiedade dos enfermeiros nos diferentes turnos de trabalho. Revista da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, 38(4), 415-421.

Saveia, J. (2015). Psicologia: formação e exercício profissional em Angola. Luanda: Casas das Ideias.

Savilombo, A. T. (2009). A Orientação Vocacional e Profissional nos alunos da 11ª Classe no curso de Ciências Humanas da Escola do II Ciclo do Ensino Secundário Comandante Vilinga-Huambo.

Savilombo, A. T. (2017). A Orientação Vocacional e Profissional nos alunos da 11ª Classe no curso de Ciências Humanas da Escola do II Ciclo do Ensino Secundário Comandante Vilinga-Huambo.

Schoor, M. V. (1989). O pano de fundo do Acordo entre Angola, Cuba e a África do Sul assinado em Nova Iorque, em 22 de Dezembro de 1988. Africana, nº 4, pp. 175-187

Silva, A. E Martins N. (2014). Consulta Psicológica em contexto escolar: Competências, possibilidades, recursos e outros tesouros. Lisboa: Edições Quarteto.

Silva, M. P. (2004). Treinamento de habilidades sociais para adolescentes: Uma experiência no programa de atenção integral à família (PAIF). Psicología Reflexão e Crítica, 22(1), 136-143. Disponível em: http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/188/18815253017.pdf

Soares, A. P., (2004). Transição para o ensino superior. Braga: Universidade de Minho.

Tavares, J. e Lancastre L. (2000). O insucesso no primeiro ano do ensino superior: um estudo no âmbito dos cursos de licenciatura em ciências e engenharia na Universidade de Aveiro. Aveiro: Universidade de Aveiro.

Taveira E. (2000) Formação em competências sócio-emocionais através de estágios em empresas. Revista Europeia de Formação Profissional. 40, (1), 90 – 113.

Teta, J. S. (2010). A Educação Superior em Angola. Porto Alegre: ESDIPUCRS. Disponível em htt p://www.pucrs.br/edipucrs/cplp/arquivos/teta. pdf. Acesso em 12/12/2017

Vieira, E. C. E., Fernández Caballero, Z., & Acosta Gómez, I. (2020). La asesoría psicopedagógica a docentes para la atención integral de los alumnos de la educación media en Angola. RAC: Revista Angolana De Ciências, 2(1), 99-111. Obtido de http://publicacoes.scientia.co.ao/ojs2/index.php/rac/article/view/53

Downloads

Publicado

2021-09-07

Como Citar

Dachala, H. J. . (2021). A intervenção psicológica no ensino superior: estratégia de criação do gabinete de apoio psicopedagógico para os estudantes da Escola Superior Pedagógica do Bié. RECIPEB: Revista Científico-Pedagógica Do Bié, 1(1), 20–42. Obtido de http://recipeb.espbie.ao/ojs/index.php/recipeb/article/view/40

Edição

Secção

Artigos